sexta-feira, 9 de março de 2012

De novo, amanheceu


Amanheceu, outra vez
começam as mesmas vidas
mas é sempre uma nova órbita
sempre um minuto a menos
no outono
e um a mais na primavera
E sempre chega a noite, a lua
os amores
as despedidas
os reencontros
e os novos encontros
o riso e o choro
a cobrança e a liberdade
Então me refugio na música
Então escrevo, viajo, fujo
Atuo, minto e sinto
Sinto que a vida foge rápido.
Então quero viver tudo.

Foto do Theatro Indpendência(?) em Santa Vitória do Palmar
onde 2200 crianças assistiram Animais em Perigo

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Adiós, ou adeus, ou vai a merda


Adeus as ilusões. O sonho acabou.
O tempo se foi...
Mas eu fiquei. Fiquei acreditando que seria
Adeus as ilusões
Na verdade sempre soube
Mas como nos enganamos
Temos muitos caminhos
mas eu prefiro o da praia.
Depois de um longo ano
Um grande e ótimo ano
Um frio e inesquecível inverno
Uma longa e inesperada viagem
por aquela estrada sinuosa e marcante
pelo teu corpo fulminante e vertiginoso
pelos teus gritos e sonhos
Uma rápida e revoltante viagem
pela indispensável companhia nua
pela insustentável beleza que fugia
sempre
E de volta a estrada
fico à espreita das areias
que invadem os caminhos
e me chamam ao mar salgado
do suor dos teus seios
Te espero e me despeço
pois a cada viagem eu nasço e morro
E fico esperando o trem
da história que eu mesmo conto.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

NA SELVA DA CIDADE


2011
Cada vez mais ignorância e brutalidade!
Porto Alegre violenta
Podre Alegre. Agora sabemos.
Embaixo da cidade mora um coração assustado.
Assustado com a cidade.
Motoristas assassinos.
Trânsito selvagem. Capitalismo selvagem.
Especulação e ignorância.
Vende-se uma cidade sem alma
A cidade que se vendeu
A cidade que não tinha alma.
Que queria ser outra cidade.
Uma mistura de outras cidades
Vende-se uma cidade sem alma
A cidade dominada
Invadida e subjugada
Calma e esquecida
Mesmo assim
escondido e sem importância
dois que se amam
transam sem se importar
E salvam toda a cidade culpada.